Qualquer pessoa que pratica esportes de impacto está sujeita aos mais diversos tipos de lesão. Aqueles que focam seus esforços em modalidades que usam a parte superior do corpo, ou que estão sujeitos a quedas e colisões como, por exemplo, o futebol, o handebol e o ciclismo, podem sofrer com lesões como a luxação do ombro e a fratura do ombro ou, como a comunidade médica intitula, fratura do úmero proximal.
O que é?
Vale o registro de que, além dos atletas, a fratura do ombro pode acontecer também em crianças e recém-nascidos, sendo também um importante grupo de risco que precisa de atenção. Os idosos, por problemas como a osteoporose, também entram nesse grupo de pessoas mais suscetíveis à lesão. A fratura do ombro também pode ocorrer em acidentes automobilísticos devido à alta energia do impacto sobre o passageiro.
O problema, como o próprio nome diz, é um trauma na região do ombro onde acontece a fratura do úmero proximal, também intitulada de fratura do terço proximal do úmero. Por conta da alta variabilidade do problema, a lesão é classificada de acordo com as partes: dois, três ou quatro. Quanto maior o número de partes, pior o grau da fratura do úmero proximal e, consequentemente, mais complexo é o tratamento.
Sintomas
Os principais sintomas de uma fratura do úmero proximal envolvem:
- Dor no ombro;
- Dificuldade em realizar movimentos simples;
- Hematoma no braço lesionado;
- Inchaço (do braço e do ombro).
Diagnóstico
O processo de identificação do problema é feito por um médico ortopedista especialista. Ele poderá fazer exames de toque ou pedir exames de imagem como, por exemplo, uma radiografia – essencial para identificar a fratura. O ortopedista também poderá solicitar um exame de tomografia computadorizada, caso suspeite de uma fratura oculta.
No caso de esportistas a ideia é explicar ao médico ortopedista qual é a rotina e como foi o acidente/trauma que gerou a dor no ombro e suas limitações.
De posse desses dados o médico poderá indicar qual a melhor maneira de realizar a recuperação do paciente.
Tratamento
Os traumas que geram as fraturas do ombro podem ser tratados, em sua maioria, de maneira convencional, ou seja, sem a necessidade de um processo operatório. Normalmente o médico optará por uma imobilização, utilizando uma tipoia para apoiar o braço. Nesse tipo de procedimento é preciso seguir à risca a questão de imobilização e realizar tomografias em série para acompanhar o processo de cicatrização óssea.
O médico poderá, também, receitar alguns analgésicos para tirar a dor no ombro e ajudar na recuperação do paciente. O uso da tipoia costuma ser de um mês e, depois disso, o paciente já pode voltar à rotina.
Em casos mais graves de fratura do ombro, o processo cirúrgico é o escolhido. Vale o destaque que o tipo de cirurgia é separado de acordo com o grau e tipo de fratura do paciente. A cirurgia é feita para fixar os fragmentos ósseos com instabilidade e reconstruir a região que foi danificada devido ao trauma.
Um dos métodos mais utilizados envolve implantar placas específicas que darão estabilidade aos movimentos. Caso a fratura seja muito grave e a estabilização não seja possível, o médico terá que optar por uma prótese. O ortopedista irá usar um implante para substituir a cabeça do úmero e o resto do osso será fixado nessa prótese, dando a estabilidade necessária para o paciente se recuperar.
É preciso tomar cuidado com o tratamento para que não existam complicações, como a perda/limitação de certos movimentos. Na maioria dos casos, o ortopedista irá encaminhar o paciente para sessões de fisioterapia para que, aos poucos e com uma supervisão adequada, ele possa se recuperar e garantir que a movimentação seja satisfatória.
Outras Informações
A informação mais importante para esse tipo de situação é procurar um ortopedista o quanto antes para minimizar o tipo o problema. Recomenda-se evitar a automedicação e ir ao médico imediatamente para não piorar o quadro da fratura.