Comumente a fratura da clavícula atinge ciclistas e atletas após quedas de mau jeito. Apesar de raramente precisar de cirurgia, o tratamento da lesão requer certa calma por parte do paciente. Isso porque a recuperação se dá por meio da imobilização da região afetada. Em paralelo, o acompanhamento de um especialista em medicina esportiva e fisioterapia são de suma importância para evitar sequelas e agravantes da fratura.
O que é?
Muito comum em atletas, sobretudo ciclistas e praticantes de triatlo, a fratura da clavícula atinge o osso superior do peito. Ele está localizado entre o esterno (tórax) e a escápula (ombro). Mesmo sendo uma lesão comum, o paciente sofre com dores intensas, principalmente durante os movimentos do braço afetado.
Apesar de ser mais recorrente em atletas, essa fratura também pode acometer qualquer pessoa que sofreu uma queda ou recebeu uma pancada mais forte na clavícula. De forma geral os ciclistas são os mais acometidos por essa lesão. Isso se deve ao tipo de tombo ao qual eles estão expostos. Afinal, a fratura do osso se dá após quedas sobre o braço, com a mão estendida, ou sobre o ombro.
A dor no momento do acidente é lancinante e a assistência médica deve ser requisitada o mais rápido possível. Apesar de ser uma lesão dolorosa, e até usual entre atletas, o tratamento é simples de ser realizado. Sobretudo por um profissional em medicina esportiva. Em muitos casos, a recuperação plena dos movimentos do braço deverá ser realizada com fisioterapia.
Quais as causas?
O principal grupo de risco são os ciclistas e atletas de triatlo. Como salientado, a queda em alta velocidade de uma bicicleta pode possibilitar o trauma sobre o local. A forma do tombo é fundamental para o surgimento da fratura, sobretudo quando ocorre sobre o ombro ou a mão aberta.
Um baque direto no ombro também pode causar a lesão. O mesmo ocorre em acidentes automobilísticos e até, mais raramente, em mulheres durante o trabalho de parto.
Sintomas
Além da intensa dor no local, principalmente durante movimentos de levantar o braço, os desconfortos causados pela fratura de clavícula podem se manifestar das mais diversas formas.
O membro afetado pode apresentar rigidez e inchaço. Em muitos casos o ombro comprometido apresenta luxação e há deformidade no nível da lesão. A dor também poderá se manifestar na frente do ombro. Em casos graves existe a possibilidade de pneumotórax.
Diagnóstico
O médico responsável irá realizar uma série de exames físicos para constatar a fratura da clavícula. Se houver suspeita da lesão, o paciente será encaminhado para uma radiografia. Porém, algumas vezes, esse exame poderá se mostrar ineficaz, e a tomografia computadoriza e o ultrassom serão indicados. Esse último, sobretudo, é realizado em crianças, e é mais preciso se comparado com a radiografia.
Tratamento
Se o paciente for um atleta profissional ou praticante de atividades físicas, um profissional da área da medicina esportiva deverá ser consultado. Caberá ao especialista definir o tipo de reabilitação mais necessária, tendo a gravidade da lesão como o principal fator a ser relevado.
Dificilmente a recuperação se dará por meio cirúrgico, embora essa hipótese não seja totalmente descartada. Isso só será possível em casos de fragmentação óssea. Por meio de fisioterapia e imobilização, o paciente tende a se recuperar de forma satisfatória da fratura.
O uso de órteses se faz necessário para inibir a dor. Além disso, esse recurso promove o aceleramento da cicatrização do osso fraturado. Para isso, a imobilização é feita na posição “de oito”, ou seja, com tala ou com acessórios que mantém o ombro para trás. Em alguns casos o uso da tipoia se faz necessário. Essas definições serão determinadas pelo especialista em medicina esportiva.
Apesar de variar para cada indivíduo, o tempo estimado de imobilização é de três meses para adultos e dois meses em crianças. Analgésicos também são receitados para pacientes com dor intensa.
Com a cicatrização em progresso e a diminuição da dor, o médico poderá indicar exercícios de fisioterapia, tanto para o ombro quanto para o cotovelo. Essa atividade terapêutica é fundamental para prevenir a rigidez e fraqueza muscular. De forma geral, pacientes com fratura do ombro também são submetidos ao mesmo tipo de tratamento. Os exercícios para esse tipo de lesão são os de flexão, abdução, adução, extensão, rotação interna e externa dos ombros. Caberá ao fisioterapeuta definir as melhores atividades, baseadas no quadro do paciente.
Nesse meio tempo de recuperação, o paciente deve se atentar a uma série de cuidados para evitar sequelas e recidivas. Radiografias devem ser realizadas de forma regular, para controle médico, principalmente em casos de atletas e profissionais de alto rendimento.