As fraturas por estresse podem ocorrer após esforços súbitos, causados por atividades físicas que exigem força dos pés. O paciente acometido por essa fissura sente fortes dores durante as pisadas. Invariavelmente, o atleta, ou pessoa acometida, deverá interromper por semanas suas atividades.
O que é?
As fraturas por estresse são quase sempre causadas por impactos provenientes de atividades físicas e movimentos repetitivos. Não é por menos que atletas de alta resistência estão entre os pacientes mais acometidos por esse tipo de fissura óssea. Com a intensidade da pancada ininterrupta, alguns ossos ligados ao apoio da perna e do pé tendem a ficar comprometidos.
É o caso dos metatarsos, que correspondem a cinco ossos alongados, situados na região frontal dos dedos de cada pessoa. Quando submetidos a sobrecargas e a movimentos repetitivos, a região fica suscetível a apresentar lesões e traumas, mesmo que em intensidades distintas.
Porém, esse tipo de condição que causa dor nos ossos e fadiga muscular, já não é uma exclusividade de atletas de triathlon, maratona, ultramaratona, corrida de montanha, etc. De forma geral esse impacto é causado pelo excesso de atividades como longas caminhadas, corridas e saltos.
Pessoas que sobrecarregam a região, como militares que marcham diariamente e dançarinos de balé, também estão inclusos no grupo de risco mais acometido pelas fraturas por estresse.
Essa mesma carga aplicada, até em uma intensidade menor, também pode comprometer a estrutura óssea de portadores de outras doenças, tal como pacientes que sofrem de osteoporose.
De qualquer forma, esse tipo de lesão pode ser prevenida se houver o acompanhamento de um profissional de medicina esportiva. Ele será encarregado de auxiliar o atleta, ou qualquer outra pessoa, a realizar atividades de forma correta e sem exageros.
Inclusive, o controle sobre a frequência da prática de exercícios é fundamental para evitar as fraturas por estresse e, automaticamente, a dor nos ossos dos pés e a fadiga muscular. Portanto, se for um atleta, ou um entusiasta de esportes de alta intensidade, evite problemas e consulte um médico.
Quais as causas?
Como destacado acima, as fraturas por estresse acometem mais atletas de alta performance. Entre as lesões de triathlon e demais esportes de alta resistência, essa fissura corresponde a 10% de todas as fraturas esportivas. Isso ocorre porque os ossos humanos não se desenvolveram para uma sobrecarga tão elevada.
Para ter uma ideia, dois quilômetros percorridos por um ultramaratonista representam toneladas de força absorvida. Essa força despendida contribui para o aparecimento da fadiga e o desequilíbrio muscular, fatores preponderantes para o surgimento das fraturas. Ainda mais se o esforço é realizado subitamente, sem qualquer tipo de preparo.
Quando isso ocorre, os ossos do pé não se adaptam no tempo correto para a remodelação. Esse processo, por sua vez, permite que o tecido ósseo comprometido (reabsorção), seja reconstruído gradualmente.
Em virtude da absorção do impacto (seja por falta de prática, ou até mesmo pelo uso incorreto de um calçado), o atleta pode desenvolver um aumento latente do estresse nos ossos. Sobretudo, quando o músculo cansado é incapaz de absorver o choque das passadas, sobrecarregando assim os ossos. Em médio prazo essas pequenas fraturas poderão evoluir para uma fissura e, consequentemente, gerar limitações para os atletas.
Sintomas
O principal sintoma é a dor nos ossos do pé, principalmente durante a marcha. Ao pisar no solo o paciente é fatalmente acometido pelo desconforto, podendo se agravar com a evolução da fissura. Durante o repouso, a dor tende a amenizar.
Além disso, edemas (inchaços) e equimoses (roxos) podem aparecer no membro lesionado, porém em menor frequência.
Diagnóstico
Para identificar o problema com maior precisão, o médico encaminha o paciente com suspeita de fratura por estresse para alguns exames de imagens. Afinal, esse tipo de condição possui sintomas semelhantes aos da canelite e da fascite plantar.
A radiografia é menos indicada para o diagnóstico desse tipo de lesão, embora possa ser empregada depois de um mês do aparecimento da dor. A densitometria óssea já é mais aconselhável, embora não seja a mais precisa no diagnóstico.
O melhor tipo de exame nos casos de fratura por estresse é o de ressonância magnética. Em virtude do forte campo magnético produzido, é possível identificar detalhadamente a fissura provocada por estresse.
Tratamento
Geralmente o uso de órteses ou de muletas é o mais recomendável para casos menos graves. Com a inibição dos desconfortos da dor, é possível se recuperar sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos. O próprio organismo trata de consolidar a fissura causada por estresse.
Para evitar recidivas, o médico esportivo deverá estar presente na retomada das atividades do atleta. Na maioria das vezes, o processo conservador se dá de 6 a 8 semanas. Para os profissionais, recomenda-se a prática de atividades mais amenas, que não exigem tanto esforço do pé, ou não resultem em fadiga muscular.
Invariavelmente, em caso mais graves, o paciente deverá ser submetido a um procedimento cirúrgico. Apesar de incomum para esse tipo de fratura, a operação é necessária para a garantia da reabilitação completa. Atletas que anseiam retomar suas atividades com mais rapidez também optam pela cirurgia