Essas características, importantes e únicas, fazem com que a região do joelho seja suscetível a lesões, principalmente se levarmos em conta a prática de exercícios físicos extremos, como o caso do triathlon, modalidade que exige potência, rotação e atividades que demandam algum impacto.
Raciocinando dessa forma, as lesões não são incomuns e um dos maiores problemas enfrentados por atletas, profissionais ou não, fica por conta da chamada LCA ou, como é mais conhecida, a lesão do ligamento cruzado anterior.
O que é?
O problema consiste na chamada “entorse”, lesões que causam dor no joelho e são conhecidas por serem traumas que “torcem” o joelho. Dentro desse problema, a ruptura total do ligamento, representa uma das principais enfermidades do gênero.
O problema é tão grave que costuma precisar de cirurgia no joelho e compromete a estabilidade da articulação, afetando tendões, meniscos, cartilagens e várias outras estruturas que fazem parte dessa região.
Causas
Como citado, o LCA ocorre durante a prática de atividades de alto rendimento, como o caso do triathlon. Os problemas no ligamento podem acontecer de várias maneiras diferentes, como um trauma por contato direto ou, como é o mais comum, a torção do joelho, sem contato com adversário algum.
O problema acontece devido a uma rotação além do recomendado com as bases do pé fixas no chão. A lesão no joelho costuma acontecer quando uma pessoa, por exemplo, está correndo e muda de maneira muito brusca de direção. Em menor escala, o rompimento do ligamento cruzado anterior também pode ocorrer durante atividades domésticas.
Sintomas
Um dos sintomas mais recorrentes da lesão fica por conta de um estalo muito alto no momento em que acontece o rompimento. O barulho, que é seguido de uma dor intensa no joelho, representa o principal sinal do que aconteceu. É comum, embora não obrigatório, que o inchaço apareça.
Se a lesão acontecer durante a prática de alguma atividade física, a pessoa costuma cair no chão, devido à alta intensidade de dor, e não consegue finalizar o exercício, devido a dor e instabilidade da estrutura. A redução de mobilidade também é outro sintoma de que o ligamento sofreu com uma lesão séria.
É importante ressaltar que, com o passar dos dias, o inchaço e a dor podem diminuir de intensidade, mas o joelho ficará instável, representando o sintoma primordial de que aconteceu a LCA.
Diagnóstico
O diagnóstico, claro, precisa ser feito por um médico ortopedista especializado em joelho. O responsável conversará com o paciente, perguntando do dia a dia e de como ele passou a sentir as dores na região. Também é possível que ele peça testes e exames específicos para entender o tamanho do problema.
Entre os exames mais comuns, vale destacar o pedido para a realização de alguns movimentos, incluindo rotações. O médico também observará se não existem alterações visíveis na região afetada. Em alguns casos, o pedido por ressonâncias e raio-x ajudam a corroborar uma suspeita de lesão do ligamento cruzado anterior. Tudo isso, junto ao relato do paciente, que deve ser de dor no joelho, darão a autonomia e certeza para que o tratamento possa começar.
É fundamental que o médico siga esses procedimentos para que não aconteçam confusões com o diagnóstico e o problema do LCA seja confundido com a lesão do menisco, lesão do ligamento cruzado posterior e outras lesões no triathlon.
Tratamento
Para que o problema da lesão do ligamento cruzado anterior seja solucionado, o médico terá que levar vários fatores em consideração. Desde compreender qual a rotina do paciente a saber se ele possui algum outro problema físico que possa prejudicar o tratamento.
O tratamento cirúrgico, portanto, depende da rotina, idade e atividades que o enfermo costuma realizar. Em casos de pessoas com mais idade e com dificuldades de cicatrização, o tratamento conhecido como conservador é o adotado para evitar outro tipo de problemas.
No caso do paciente ser mais novo e sofrer com a instabilidade, o tratamento cirúrgico é o recomendado. E esse procedimento é feito para reconstruir o LCA através do procedimento feito com um artroscópio, aparelho que permite que o procedimento seja feito com pequenas incisões. É possível que o ligamento seja substituído por um novo, enxertado de algum tendão do corpo, com o da coxa ou da patela.
Se a cirurgia não for necessária, o tratamento conservador será o adotado, buscando o fortalecimento dos grupos musculares das pernas. Esses exercícios devem ser feitos sob supervisão de algum fisioterapeuta para a busca de uma estabilidade satisfatória.
Outras Informações
Ao começar a sentir o problema ou ouvir o estalo é imperativo que se busque um médico o quanto antes. Um profissional de confiança e formado na área saberá indicar o melhor caminho a seguir.
Forçar uma situação, para continuar a prática de um exercício físico é a pior coisa que se pode fazer. Se automedicar também não é indicado para não esconder uma lesão grave que, em casos sérios, pode piorar um diagnóstico. Procurar um médico é essencial para uma recuperação plena.