O que é?
O cotovelo é, naturalmente, responsável por uma série de movimentos importantes realizando ações como flexionar, esticar, e rotacionar os braços. A rigidez do cotovelo acontece quando há alguma dificuldade ou limitação na realização desses movimentos, impedindo atividades comuns do dia a dia, como levar a mão à boca, escrever, realizar a higiene íntima, entre outras. Além disso, a rigidez também limita a prática de exercícios físicos ou esportes.
Essa limitação ou rigidez dos movimentos do cotovelo pode acontecer de diferentes maneiras e níveis, alguns sendo mais leves e menos doloridos que outros. Os sintomas e níveis de dificuldades costumam variar de acordo com a causa da rigidez. A limitação mais comum é chamada de perda da extensão, que é basicamente a dificuldade de esticar o cotovelo.
Independente dos sintomas é fundamental saber que a rigidez do cotovelo, embora pareça um problema simples, é quase sempre um sinal importante para uma possível lesão ou ainda para a aparição de doenças mais severas, como a artrose.
Quais as causas?
Como vimos, as causas da rigidez do cotovelo podem ser muitas, mas normalmente o problema está relacionado a algum tipo de lesão que pode ser provocado por:
- Traumas e prática inadequada de algum esporte;
- Falta de alongamentos;
- Imobilização prolongada, etc.
O cotovelo, por ser uma articulação muito utilizada e, consequentemente, exposta, é uma das mais propensas à rigidez.
As causas mais comuns da rigidez do cotovelo envolvem fratura do cotovelo, luxação do cotovelo e doenças como a artrose. No caso da fratura do cotovelo e luxação do cotovelo, os sintomas podem aparecer tanto por conta de lesões mais leves, que atingem apenas a cartilagem ou tecido mole, quanto por desvios de fragmentos ósseos. Pode ocorrer, ainda, de aparecem mais de um desses fatores combinados.
Quais são os sintomas?
A rigidez se caracteriza principalmente pela dificuldade em realizar os movimentos do braço. A presença de dores vai depender bastante das causas do problema e do nível das lesões que acometem a articulação do cotovelo.
Quando há dor, é possível que o paciente a sinta também em articulações próximas, como ombros e punhos.
Como é feito o diagnóstico?
Entender as reais causas da rigidez do cotovelo é um passo imprescindível para o sucesso do tratamento e por isso é altamente recomendável que o paciente procure sempre por um médico ortopedista de confiança e jamais tente fazer o tratamento sozinho.
Para o diagnóstico, podem ser necessárias informações sobre o histórico do paciente, como possíveis lesões anteriores, dores e demais queixas. Além disso, o médico poderá fazer outras perguntas ao paciente e realizar uma série de testes no consultório.
É comum, ainda, a solicitação de exames de imagem, como a tomografia, a ressonância magnética e a radiografia, que vão ajudar a visualizar a articulação e a chegar a um diagnóstico detalhado.
Quais os tratamentos disponíveis?
O tratamento não cirúrgico é o mais utilizado e, na maioria dos casos, quando bem realizado pelo paciente, é o suficiente para a recuperação total da articulação. A duração e ordem das etapas podem variar de acordo com a causa da rigidez do cotovelo, bem como os métodos de terapia escolhidos.
O paciente deve conversar com o médico sobre as melhores opções para a sua situação, levando em conta detalhes como atividades físicas, expectativa de recuperação, condição da cartilagem e do osso do cotovelo e grau da perda do movimento.
No caso de atletas ou pessoas que praticam atividade físicas ou esportes, a medicina esportiva pode ser bastante útil e ajudará também a reabilitar o paciente para o retorno aos exercícios.
No primeiro momento, medicamentos para o alívio das dores podem ser receitados, quando necessário. Depois, o paciente deverá procurar pela fisioterapia ou por algum outro tipo de terapia – sempre com o devido acompanhamento médico – que desenvolva a amplitude dos movimentos pouco a pouco, trabalhando alongamentos e a recuperação da articulação.
O CPM (Continuous Passive Motion), que pratica os movimentos do cotovelo com a ajuda de uma máquina, e uso de órteses estáticas e dinâmicas, são alguns outros métodos frequentemente utilizados, além da fisioterapia.
O paciente deve ter em mente que as terapias trabalham o alongamento, recuperando os movimentos do cotovelo – principal e mais importante parte do tratamento.
É preciso seguir atentamente as recomendações do profissional, respeitando todos os limites de tempo, amplitude e realização dos movimentos, para um bom resultado.
Como prevenir?
Os alongamentos são fundamentais não apenas no tratamento da rigidez do cotovelo, mas também como método de prevenção. Criar o hábito de se alongar diariamente, antes e depois de atividades físicas, ao acordar e antes de dormir, pode ajudar a evitar uma série de problemas nas articulações que vão além da limitação dos movimentos.
Outra dica é procurar por especialidades como a medicina esportiva, que ajuda a prever complicações como a rigidez do cotovelo e a minimizar os riscos, trabalhando no fortalecimento e adaptação do corpo ao exercício físico ou mesmo as atividades do dia a dia.