Uma das lesões mais comuns da atualidade é a tendinite. Ela ocorre nas mais variadas áreas do corpo humano e, embora seja recorrente, poucas pessoas entendem realmente como esta patologia surge, o que ela representa, e qual o possível tratamento para esse problema que, em longo prazo, pode comprometer atividades específicas dos pacientes afetados.
De uma maneira resumida, a tendinite é caracterizada por ser uma inflamação nos tendões, estruturas que possuem a função de conectar os ossos aos músculos. A inflamação é caracterizada por dores, como a dor no ombro, inchaços e, em casos mais graves, limitações de movimentos. Apesar de ela acontecer em qualquer parte do corpo, a sua recorrência é mais comum em locais como o ombro, o cotovelo, o joelho e o punho.
Causas
Como explicado, a tendinite é uma inflamação no tendão. No caso específico que estamos vendo hoje, ela acontece nos bíceps dos atletas praticantes de esportes como o triathlon que, por sua demanda física, estão mais expostos a esse tipo de problema.
A tendinite do bíceps acontece devido a um desequilíbrio muscular entre duas estruturas do braço: os rotadores externos e os rotadores internos. Ela também pode acontecer devido às movimentações feitas de maneira inadequada ou, em casos mais raros, por doenças autoimunes, quando o corpo reconhece o tendão como um corpo estranho e trabalha para eliminá-lo.
Sintomas
Os sintomas que mais caracterizam a tendinite são a dor no ombro e a hipersensibilidade na região. No caso do bíceps, as alterações ocorrem na base do músculo, região próxima ao cotovelo. Outros indicativos da tendinite são o inchaço e a vermelhidão ao redor do tendão.
Diagnóstico
O processo de descoberta e identificação da inflamação fica a cargo de um médico ortopedista, que estudará o caso e as atividades diárias do paciente. O tratamento é bastante simples, mas precisa de acompanhamento e dedicação do paciente.
Um ponto importante é que o médico precisa entender a rotina do paciente como um todo. No caso dos praticantes dos praticantes de triathlon, é fundamental passar uma ficha completa das atividades ao especialista. Explicar como é a rotina profissional, a agenda de treinos, como esses treinamentos são divididos, etc. Esses detalhes fazem com que o médico consiga enxergar o caso de uma maneira ampla.
Com todas essas informações registradas e organizadas, o especialista irá começar a investigar o nível e de onde essas dores vêm, para não ocorrer a possibilidade da tendinite do bíceps ser confundida com outras enfermidades, como: tendinite no ombro, problemas no manguito rotador e dor no ombro.
Em casos em que existam dúvidas sobre a possibilidade do surgimento de outras tendinites, o especialista poderá pedir exames de imagem para ter mais certeza do diagnóstico e entender o grau do problema. Esse procedimento é importante para que, se existirem outros focos de dor, o médico possa descobrir qualquer outra alteração por meio desses exames.
Tratamento
Os procedimentos para a recuperação da tendinite do bíceps seguem o tratamento convencional. Eles são divididos em duas partes: a de alívio das dores, e a de cuidados para que a tendinite não volte a aparecer.
A primeira parte dos cuidados envolve o descanso absoluto, para que o tendão possa se recuperar e se curar da inflamação. Em casos de tendinite nos bíceps, é recomendado que nenhum grande esforço seja feito, e que as atividades físicas fiquem suspensas por esse período.
O médico especialista também pode encaminhar o paciente para sessões de fisioterapia que, se forem seguidas com disciplina e dedicação, conseguem fazer com que o paciente volte às suas atividades rotineiras. Vale dizer que o tempo de repouso e a quantidade de sessões são estabelecidas pelo médico: elas devem ser seguidas sem que haja intervalos durante os dias do tratamento, ou seja, é importante que o paciente não falte nas sessões de fisioterapia para que os resultados sejam alcançados com mais qualidade e rapidez.
Existem outros procedimentos, um pouco mais simples, para auxiliar na melhora dos sintomas da tendinite em curto prazo, como a aplicação de gelo (que diminui as inflamações) e o uso de medicamentos anti-inflamatórios, que precisam ser receitados pelos médicos.
Após a recuperação, é preciso observar alguns pontos para evitar que a tendinite do bíceps volte. Fazer musculação, equilibrar a força do corpo, realizar alongamentos e realizar da maneira correta as técnicas de natação, são algumas das orientações para atletas de esportes como o triathlon.
Em casos mais graves, as cirurgias podem ser utilizadas. Esses procedimentos visam reparar o tendão machucado e, em alguns casos, descomprimir a pressão que é exercida em cima dele curando, assim, a inflamação.
Outras informações
O uso de anti-inflamatórios pode reduzir as dores da tendinite. Os procedimentos de injeção localizada também trabalham nesse sentido, mas esse tipo de tratamento só pode ser feito se for receitado e acompanhado por um médico.
É fundamental não se automedicar. Isso evita que o problema piore e esconda situações que, em alguns casos, podem ser até piores que a tendinite. O paciente também deve compreender que o retorno às atividades só deve acontecer após o sumiço das dores.
Um atleta que pratica o triathlon, por exemplo, não conseguirá render o esperado em uma prova de natação com tendinite do bíceps, pois ela está caracterizada como uma das lesões no triathlon. Seguir as recomendações médicas, descansar, e acompanhar a dor devem resolver o problema e fazer com que o atleta volte o quanto antes para o esporte.